4 de fev. de 2013

É doença ou demônio?



Um mini-estudo bíblico para cristãos, céticos e curiosos

Por Davi Lago

Todos se admiraram a ponto de perguntarem entre si: ‘que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele dá ordem até aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!’” - Marcos 1.27

Uma objeção comum à existência do demoníaco é que há explicações naturais para o que, às vezes, é chamado de “demoníaco” ou "maligno". Um argumento comum é que as doenças atribuídas ao demoníaco, até mesmo nos evangelhos, agora são atribuídas a causas naturais. 

A Bíblia, no entanto, faz uma clara distinção entre doença e possessão demoníaca. Jesus as diferenciou quando as descreveu como milagres separados que os apóstolos receberam poder para realizar: “Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios” (Mateus 10.8).

A Bíblia não afirma que toda doença é causada por demônios. Embora possam existir sintomas semelhantes entre uma doença e a possessão demoníaca, isso não prova que haja uma explicação natural para ambas. Por exemplo, o jovem de quem um demônio foi expulso, em Mateus 17.14-17, tinha sintomas semelhantes ao de um ataque epiléptico, mas isso não significa que tivesse epilepsia.

Há, no entanto, na Bíblia, alguns sinais de uma manifestação demoníaca que diferem completamente de uma mera doença natural, como: rejeição a Deus, reação violenta contra Jesus e força sobrenatural (Marcos 5.1-4).

O argumento usado pelos céticos de que a crença em atividade satânica é característica dos ignorantes, é muito frágil. Muitas das maiores mentes da História acreditaram nos demônios. Entre elas estão Agostinho, Anselmo, Pascal, Kierkegaard e C.S. Lewis. Não é o nível de estudo que determina se uma pessoa acredita no mal personificado. Antes, depende da rejeição ou aceitação da revelação sobrenatural das Escrituras.

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