Mini-estudo bíblico para cristãos, céticos e curiosos
Por Davi Lago
Deus criou os anjos e outros tipos de
seres celestiais, além dos animais e do
homem. A Escritura afirma que Deus criou “o céu [...] e tudo quanto nele
existe” (Ap 10.6; conferir At 4.24). Está escrito que em Cristo, “foram criadas
todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam
tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado
por meio dele e para ele” (Cl 1.16).
Deus criou anjos. Os anjos são seres espirituais criados antes da humanidade. Eles possuem juízo moral e alta inteligência, mas não possuem corpos físicos. Contudo, em certas ocasiões anjos tomaram forma corporal para aparecerem a várias pessoas na Escritura (Mt 28.5).
Os anjos louvam e glorificam a Deus continuamente
(Jó 38.7); revelam e comunicam a mensagem de Deus para os homens (Lc 1.26-38),
a própria palavra “anjo” significa “mensageiro”; servem os crentes, isso inclui
proteção contra danos (At 5.19); executam julgamento sobre os inimigos de Deus
(2Rs 19.35); estão envolvidos na segunda vinda de Jesus Cristo (Mt 25.31).
A Bíblia fala ainda de outras espécies de seres
celestiais: os querubins (Gn 3.34; Sl
18.10; Êx 25.22); serafins, que são
mencionados somente em Isaías 6.2-7, onde eles continuamente adoram o Senhor e
dizem uns aos outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra
inteira está cheia da sua glória”; e os seres
viventes, que ficam ao redor do trono de Deus e também o adoram
continuamente: “Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era,
que é e que há de vir” (Ap 4.8). A Escritura afirma ainda, que há uma
hierarquia e ordem entre os anjos. Um anjo, Miguel, é chamado de arcanjo em Judas 9.
Deus criou um anjo poderoso chamado Lúcifer, nome que significa “o que leva
luz”. Lúcifer encheu seu coração de orgulho e desejou ser maior que Deus. Ele
iniciou uma insurreição no céu e convenceu grande parte dos anjos de que estava
certo. A passagem de Isaías 14.12-15 traz uma profecia contra o rei da
Babilônia. Em determinado momento, no entanto, o profeta começa a usar uma
linguagem forte demais para ser aplicada a um mero humano. Compreende-se que se
trata de Lúcifer:
“Como
você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à
terra, você, que derrubava as nações! Você, que dizia no seu coração: ‘Subirei
aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no
monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto
que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo’. Mas às profundezas do Sheol
você será levado, irá ao fundo do abismo!”.
Lúcifer e seus anjos foram expulsos por Deus do céu
e lançados nas trevas, no inferno. Lúcifer tornou-se Satanás, ou Diabo,
nome que significa “adversário”. Jesus
disse: “Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago” (Lc 10.18). Outros nomes
usados na Bíblia para se referir ao Diabo são: serpente (Gn 3.1), Belzebu (Mt
10.25), Maligno (Mt 13.19), príncipe deste mundo (Jo 12.31), grande dragão (Ap
12.3), pai da mentira (Jo 8.44), entre outras denominações.
Os anjos caídos
tornaram-se demônios.
Os demônios são anjos maus que pecaram contra Deus e que agora operam
continuamente o mal no mundo. “Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os
lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados
para o juízo” (2Pe 2.4). “Quanto aos anjos que não conservaram sua posição de
autoridade, mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas,
presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia” (Jd 6).