Por Davi Lago
O ser humano é dotado de capacidade reflexiva e desde tempos remotos questiona-se sobre o sentido da vida. “O homem é viciado em significado. Todos nós temos um grande problema: nossas vidas têm de ter alguma espécie de conteúdo. Não suportamos viver sem algum tipo de conteúdo que possamos ver como constituidor de significado”, afirmou o filósofo Lars Svendsen no livro "Filosofia do tédio".
A ausência de sentido para a vida no mundo contemporâneo é notória. Os grandes pensadores e pesquisadores da cultura pós-moderna concluem a mesma coisa: vivemos numa sociedade desorientada. O vazio existencial que emergiu na cultura é tão grande que até mesmo grandes questionamentos filosóficos mudaram. O pensador Jean Baudrillard afirmou que antigamente a pergunta existencial era: “por que há alguma coisa em vez de nada?”, mas a pergunta real hoje é: “por que há apenas nada em vez de alguma coisa?”.
O apóstolo Paulo insistiu para os cristãos efésios abandonarem a vida sem sentido atolada em depravação:
“Assim, eu lhes digo, e no Senhor insisto, que não vivam mais como os gentios, que vivem na inutilidade dos seus pensamentos. Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em que estão, devido ao endurecimento do seu coração. Tendo perdido toda a sensibilidade, eles se entregaram à depravação, cometendo com avidez toda espécie de impureza” (Efésios 4.17-19).
O teólogo John Stott, ao comentar essa passagem bíblica, afirma que o caminho para a vida sem sentido percorre a seguinte trilha: “a dureza de coração leva primeiramente às trevas mentais, depois à insensibilidade da alma sob o julgamento de Deus e, finalmente à vida desenfreada” . Ou seja, o caminho da vida absurda é:
1. O endurecimento do coração;
2. A ignorância e obscurecimento do entendimento;
3. A insensibilidade espiritual;
4. A entrega da vida à dissolução e toda sorte de impureza.
2. A ignorância e obscurecimento do entendimento;
3. A insensibilidade espiritual;
4. A entrega da vida à dissolução e toda sorte de impureza.
Por isso, precisamos orar como Paulo, para que as trevas sejam dissipadas e nosso conhecimento seja iluminado: “Oro também para que os olhos de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos” (Efésios 1.18).
Jesus afirmou: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8.12). Enquanto as trevas tornam as coisas confusas e tenebrosas, a luz ilumina, esclarece, traz lucidez. De acordo com o evangelho, Cristo é “a verdadeira luz, que ilumina todos os homens” (João 1.9). Jesus veio iluminar, revelar o estado de ignorância em que o mundo se encontrava e apontar o caminho para a salvação que é ele mesmo. O próprio Jesus é o sentido da vida.
C. S. Lewis disse: “Eu creio no cristianismo como creio que o sol nasce todos os dias: Não só por que eu o vejo, mas porque através dele eu posso ver todas as coisas”. As Escrituras Sagradas apresentam Jesus Cristo como um ponto fixo num mundo instável. Assim como o sol é o centro do nosso sistema planetário e a Terra orbita em torno dele, as Escrituras afirmam que Jesus é o centro de todas as coisas.